O prazo de entrega de candidaturas ao quinto canal terminou na quinta-feira e há dois projectos a concurso. Um da Zon, que tinha como consultor Emídio Rangel, e outro da Telecinco SA, uma empresa composta por David Borges (amigo de Rangel e fundador da TSF com ele), Carlos Pinto Coelho, Augusto Bonfinha, João Salvado e Ana Rangel (filha de Rangel). É curioso como o nome Rangel parece ser sinónimo de quinto canal, não é? Mas isto não chega para ficarmos com a pulga atrás da orelha, não é?
Ok, se calhar não.
Tal como não chega dizer que esta empresa está registada na mesma morada onde funciona a Plano 6, produtora de Ana Rangel,
Mas ok, lá por serem amigos isso não quer dizer que não possam ser concorrentes.
Porém, quando se percebe que Rangel tinha um escritório nesta mesma produtora, não vos começa a cheirar um bocadinho mal? A mim, sim. E que ainda por cima costuma lá ir? Oh pá, a sério, se isto é normal, eu para a semana também vou trabalhar na secretária ao lado dos meus colegas do "Correio da Manhã".
Mas o que eu acho mais giro é que são estas mesmas pessoas, nomeadamente o porta-voz Carlos Pinto Coelho - que vêm para a praça pública dizer que vão fazer um jornalismo que não precisa de audiências, mas sim de prestígio, e que têm muito mais do que os 30 milhões que Rangel tinha para o seu projecto na Zon (o tal que foi chumbado por ser caro, lembram-se?). Posso estar a ver mal, mas aqui os Woodstock da TV estão a gabar-se de serem gastadores, não estão? O que é curioso, porque para quem vai revolucionar o jornalismo português, deviam começar a ler os jornais. Ou as manchetes, vá. Crise? Diz-vos alguma coisa?