O novo programa dos "Gato Fedorento" (estreia a 5 de Outubro na SIC) se vai chamar "Zé Carlos". Assim, tão somente. De falta de originalidade ninguém os pode acusar, o que eu gostaria de saber é como se chega a este nome.
A primeira vez que ouvi falar nisto foi naquela iniciativa sem pena nem glória que deu pelo nome de ""SIC - A Televisão da Minha Vida". A Vanessa Oliveira pergunta-lhes o nome do novo programa e eles dizem "Zé Carlos". No dia seguinte, o "Correio da Manhã" traz isso na sua última página. Nesse mesmo dia parece que as Produções Fictícias se escangalharam a rir percebendo que esta sandice estava impressa e já corria Portugal de lés a lés. Até aqui tudo bem. Depois eles, Gatos, devem achar que isto era ouro sobre azul e alguém, alguém próximo, entendido e seguramente alguém que gosta do trabalho de Ricardo Araújo Pereira, Zé Diogo Quintela, Tiago Dores e Miguel Góis lhes disse: "Eh, pá! Genial!". E ficou. Estas pessoas mereciam 1) ser presas 2) levar com um pano encharcado na tromba.
Até tenho uma certa vergonha de pôr em causa este nome só por ser diferente (e quando digo diferente é mesmo com a intenção de dizer diferente, não é essa modernidade de chamar diferente a tudo o que é bom). Sobretudo tendo em conta os CV destes quatro. Está provado que sabem o que fazem. Mas, sinceramente, vou pôr. Ponho em causa que "Zé Carlos" seja um nome adequado para um programa de televisão.
Acredito é que os Gato Fedorento já chegaram àquele ponto em que toda a gente está tão louca por eles que um deles suspira e o resto do País parte o côco a rir, o que é um cenário mais patético do que ir ver o "Man on The Moon" e metade da sala estar a fingir que está a achar o filme super-hiper-cómico para grande incómodo dos restantes. Mas que se lhe vai fazer? Toda a gente acha que eles são espectaculares, deu-lhes anúncios em que eles são de outra galáxia, páginas e páginas de reportagens e agora temos todos de nos aguentar. Se eles tiverem a mania que são estrelas, a culpa é nossa. Se acharam que são os melhores do mundo, a culpa é nossa. E, pela mesma ordem de razões (uma certa impunidade), se eles acham que chamar "Zé Carlos" ao programa é bom, a culpa é nossa. Criámos um monstro.