Há seis anos atrás não tínhamos um só canal de notícias, quanto mais três, e já nos dávamos por muito felizes por termos quatro canais em português. O panorama é muito melhor hoje e, no entanto, ainda não ouvi uma só pessoa dizer bem do TVI 24.
Não me apetece muito ser eu a defender este canal, mas gostava de lembrar que estamos em crise. E suspeito até que a primeira notícia - sobre o índice de confiança dos portugueses - quis vincar isso mesmo. Que depois de tantos anos a lutar por ter um espaço no cabo, ele aparece no meio da pior recessão de há memória desde 1929.
Sim, é verdade que os cenários parecem pobres.
Sim, é verdade que tremeram, se engasgaram, abanaram, como amadores.
Sim, é verdade que corremos o risco de haver agressividade gratuita. Mas não é melhor corrermos esses riscos a viver na mesmice?
Eu acho.
Afastada por razões de trabalho, regresso ao convívio para deixar registo de que a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) chumbou os dois projectos que se tinham candidatado à licença do quinto canal. O da Zon por falta de meios, o da Telecinco por falta de viabilidade econónimo-financeira. Bem sei que o equilíbrio é o mais difícil de conseguir, mas quem redigiu as propostas, de ambos os lados, não podia ter mais bom senso?
Entretanto, Carlos Pinto Coelho, porta-voz oficial da Telecinco, disse ao "Correio da Manhã" qualquer coisa como "o Emídio é um dos nossos". Enfim... Acho isto tudo de uma falta de transparência inacreditável.
Ainda estou a tentar digerir o facto de os apresentadores substitutos de Fátima Lopes serem Merche Romero e Carlos Ribeiro. Hã????????????????