O "Jornal de Notícias" de hoje noticia a saída de Diana Chaves para a SIC. Isto é muito bom. Não para a TVI, claro, que deve andar pelos cabelos pensando que anda a formar pessoas para elas depois se deixarem seduzir por outro canal, mas porque faz com que haja muita movimentação nos canais, se descubram novas caras, se façam apostas mais arrojadas.Basicamente é a coisa de sempre: a concorrência estimula.
Não é a primeira vez que a SIC faz estes "assaltos" aos activos da TVI. Se bem nos lembramos, quando Francisco Penim esteve na direcção de programas de Carnaxide também se contrataram vários actores: Rita Salema, Patrícia Tavares, Diogo Morgado... Alguns, como Rita Salema, voltaram à TVI e creio ter lido algures que a Patrícia Tavares também estava de regresso a Queluz de Baixo. Não posso jurar, mas isso pouco importa para o caso. Porque o que quero sublinhar é que as pessoas se mexem e que isso me parece positivo para os projectos em geral, sejam eles de que canal forem.
Suspeito que nos próximos tempos vamos ver gente que tomou a decisão correcta, gente que se enganou, gente que devia ter mudado e não o fez e gente que mal valia ter estado quieta. Igual a qualquer outra profissão.
De há umas semanas para cá deixou de haver "Conta-me como Foi" nos serões de domingo da RTP1. Não sei por que o fizeram e isso é irrelevante, porque os espectadores não têm de andar à procura de explicações, mas não se percebe. É ou não é a melhor ficção que este canal tem para apresentar?
Já se sabe que não é preciso ser o Einstein para perceber que o melhor seguro de vida de Sócrates este mês (e quem sabe no próximo) é o Euro 2008. Mas a RTP parece levar a sua missão mais a sério do que qualquer outra estação de TV. Hoje foram 13 minutos de selecção antes de chegar aos protestos dos camionistas. Uma coisa que não interessa nada, claro! Ainda bem que não sou a única a reparar nestas coisas.
A notícia vem no DN de hoje: Kim Catrall, a Samantha de "Sexo e a Cidade" vai entrar numa nova série, "Sensitive Skin", um original da BBC que agora vai ter uma versão americana.
Vai fazer o papel de uma mãe que descobre outra sexualidade e uma nova maneira de ver o mundo.
Vi isto no blog do Nuno Markl e achei, no mínimo, curioso. Ou irónico. Vocês escolhem.
A outra notícia interessante é que, apesar de todas as intempéries que flagelaram a sua existência - horários impossíveis, um ritmo de produção demencial e contra tudo aquilo que eu acho que deve ser o método de feitura de um programa de humor - o Hora H candidatou-se ao afamado Festival de Televisão de Monte Carlo... e foi nomeado!
E é emocionante ver um programa onde tanta gente deu o litro de forma tresloucada contra ventos e marés, surgir, por escolha do juri do festival, ao lado de britcoms como o Love Soup de Tamsin Greig, The IT Crowd, de Graham Linehan ou The Mitchell and Webb Look, de David Mitchell e Robert Webb (o duo de Peep Show), e também na mesma lista onde surgem portentos americanos como 30 Rock, Entourage ou The Office. Como é evidente, perante estes porta-aviões será complicado que o Hora H ganhe o que quer que seja. Mas termos chegado aqui... caramba. A lista completa das nomeações está aqui.
Está-se mesmo a ver que dentro de uns anos "Hora H" se vai transformar em programa de culto.
(os bolds são meus)