Li um texto engraçado na revista "Sábado" há uns tempos sobre um grupo de cientistas que vivia num local longíquo (acho que era no Alasca) e cuja vida se tornou num "Big Brother" (não encontro o link). Acabou tudo zangado e/ou debaixo do ededrão e o que achei giro nesta história é isto (e não estava lá escrito): isto é um autêntico retorno aos básicos dado que foi uma experência científica que juntava investigadores científicos que inspirou o holandês Jon de Mol a criar o reality show. Foi o próprio que contou numa entrevista publicado no jornal espanhol "El Pais" em 2000. Disto então é que não me peçam links mas tenho a certeza do que digo porque aconteceu durante a primeira edição do "Gran Hermano" e eu morava em Barcelona há pouco tempo. Ele diz que estavam numa reunião de produção quando alguém começou a falar de um grupo de investigadores que tinham ficado fechados dentro de uma estufa gigante que simulava vários ambientes na Terra durante muito tempo, uma coisa caríssima que ainda por cima correu muito mal como descobri mais tarde quando apanhei o fio à meada, a ver um daqueles programas "Os 10 Mais..." que passavam no People+Arts (hoje TLC), enquanto corria na passadeira no Holmes Place (as coisas de que uma pessoa se lembra).
O projeto chamava-se Biosfera 2 e na wikipédia encontrei quase tudo o que me lembrava de ouvir no tal programa de TV. Lembrei-me disso hoje, dia em que se soube que o "Big Brother" vai voltar. E até descobri mais umas coisinhas. Por exemplo, o vídeo de uma das participantes da primeira missão, Jane Poynter. Uma primeira concorrente de reality show, no fundo. Esteve fechada durante dois anos e 20 minutos.
O "Prós e Contras" (RTP1) de segunda-feira é sobre a adolescência.
Loucos pelas Marcas, série documental da BBC, o que é já de si uma boa notícia, estreia no canal Odisseia amanhã, dia 9, às 23.00. Também há episódios nos dias 16 e 23. Alex Riley apresenta.
Dias antes da eleições para a presidência da República, o "Você na TV" teve no programa a historiadora (e Prémio Pessoa) Irene Flunser Pimentel para falar sobre os direitos e deveres dos cidadãos nos últimos cem anos. Foi até muito simples: colocaram questões a várias pessoas e depois confrontaram as respostas com os factos, explicados pela especialista. Foi uma conversa descontraída que, quanto a mim, resultou mais do que mil campanhas da comissão nacional de eleições. Perante este exemplo de acuidade noticiosa, o que me pergunto é por que razão persistem os preconceitos em relação aos apresentadores de televisão do daytime, sobretudo tendo como comparação o que se passa nos canais de notícias que, à mesma hora, entre as 10.00 e as 13.00, se ocupam com blocos noticiosos que se limitam a "picar" as notícias alheias ou, pior, "antenas abertas" e "opiniões públicas", cujo valor televisivo ponho seriamente em causa. Que interessam as opiniões da Maria Joaquina, 88 anos, reformada (sem desprimor para as pessoas que participam)? Há uma falácia nestes programas, confundindo-se a forma -- estarem em respeitados canais noticiosos -- com o conteúdo -- um programa de televisão em que um jornalista atende chamadas telefónicas. E, no entanto, ninguém se atreveria a dizer mal de quem os apresenta, ao passo que do Manuel Luís Goucha, Cristina Ferreira e Júlia Pinheiro se aceita falar sempre com um toque sobranceiro.
Deixo aqui de fora, propositadamente, a "Praça da Alegria", apresentada por Jorge Gabriel e Sónia Araújo. Primeiro, porque não vejo e, logo não sei o que por lá se passa, segundo porque ainda que reconheça o mérito dos programas da TVI e da SIC, penso que à RTP1 devia competir oferecer um programa totalmente diferente, que resultasse de facto numa opção para o espectador. É certo que se o canal público mudasse de formato sempre que os outros seguem a RTP não fazia mais nada, mas ao fim de tantos anos de programa, isso não devia ser desculpa.
Por maioria de razão, por outro lado, que da programação de um canal público de notícias conste uma "antena aberta", que é, ainda por cima, a versão com imagem do programa de rádio, é vergonhoso. Faz-nos pensar, realmente, qual a utilidade deste canal. Sim, eu sei que são programas baratos de fazer, mas ainda assim, pedia-se um pouco mais de imaginação. Nem que fosse só isso...
Talvez não tenha ficado absolutamente e se não ficou digo-o agora com todas as letras: para fala de televisão é preciso ver televisão.
Vem isto a propósito de todo o Cristo nesta terra achar que pode mandar bujardas sobre o assunto e depois, com o ar mais cândido do mundo, dizer "nunca vi nem dois segundos" com grande orgulho. Mas são parvos ou estão a enganar-se a eles próprios?
Analisar programas de televisão exige esforço, exige disciplina e, como todas as 'obras', de um método. Não se pode dizer "não gosto da Casa dos Segredos", elaborar cinco minutos sobre o assunto numa aula e depois, dias mais tarde, dizer com a maior cara de pau, "nunca vi nem dois segundos". Não pode.
Fátima Campos Ferreira recebe esta noite a ministra da Educação, Isabel Alçada, no programa 'Prós e Contras' da RTP1 - com o título agregador de 'Prova dos Nove'.
Como, televisamente falando, vamos estar a penar até Março (mês em que agências de publicidade voltam a fazer investimentos que se vejam na televisão), é sempre de notar a estreia de um programa novo como "Rev tv", cuja estreia está marcada para este domingo, às 12.30, na TVI24.
Remetamo-nos à informação disponibilizada pela estação de televisão do grupo Media Capital:
"'REV tv' é um programa jornalístico e de entretenimento dedicado e baseado no mundo das motos, dos motociclistas, e do motociclismo em geral, nas suas mais variadas vertentes: cultural, lúdica, de mobilidade e transporte, desportiva, histórica e tecnológica.
Analisa semanalmente, acrescenta a TVI, novos modelos de motos, testando-os e apresentando-os. Vai dar a conhecer os motociclistas, o seu envolvimento com as motos ou as suas preocupações, efectua testes a equipamentos, divulga e acompanha eventos, dá notícias e apresenta as novidades do sector. Numa vertente mais lúdica apresenta reportagens de entretenimento com divertidas interacções entre os apresentadores e os convidados.
Os convidados serão REV stars e o primeiro é Filipe Duarte - actor que interpretou o papel principal na série 'Equador' (uma adaptação à televisão do livro com o mesmo nome de Miguel Sousa Tavares).
É apresentado por Hugo Ramos, Vítor Sousa e Susana Bento Ramos (que é uma grande amante de desportos motorizados).
Notícia da 'Meios & Publicidade' de hoje:
No ano passado as receitas de subscrições em televisão geraram 48% das receitas neste media, face aos 43% resultantes da publicidade, segundo os dados do World TV Markets, realizado pela consultora IDATE, citados pela edição online do El Mundo.
289.200 milhões de euros foram as receitas de televisão a nível mundial, o que representa um aumento de 7,1% em relação ao ano anterior. Um crescimento que surge, destaca o estudo, depois de “um ano de relativa estagnação (0,6%)”.
Os Estados Unidos, o maior mercado de televisão do mundo, gerou uma facturação de 103 milhões de euros em 2010 (+4,5%). Também a Europa registou crescimentos, na ordem dos de 6,6%, aumentando para uma facturação de 84.400 milhões de euros. Dos três países europeus que mais receitas obtêm, o Reino Unido foi o quem mais cresceu percentualmente (6,2%), seguido da França (5,3%) e da Alemanha (1,2%). Outras regiões do globo como a Ásia e o Pacífico assinalaram melhorias em termos de receita (+9,1%), passando a representar uma quota de mundial de 22,3%.
Mais uma estreia (mais uma boa notícia): 'Chefs', na RTP1.
Todas as semanas, aos domigos, às 12.30, durante 20 minutos, fala-se de gastronomia e de quem cria, revelando a vida, percurso e perfil dos mais conceituados chefs nacionais.
Do 'menu' constam Vítor Sobral, Albano Lourenço, Bertílio Gomes, Luís Baena, José Avillez, Justa Nobre, Fausto Airoldi...
Também aqui há sempre um convidado famoso. O do primeiro programa, com a chef Justa Nobre (restaurante Spazio Buondi, em Lisboa), é José Carlos Malato.
A americana Phyllis K. Robinson, copywriter, melhor dizendo, uma das primeiras mulheres copywriter do mundo, morreu no dia 31 de Dezembro, aos 89 anos, na sua casa, em Manhattan (Nova Iorque).
Quando Phyllis chegou às agências de publicidade, nos anos 40, não havia muitas mulheres criativas. Mas ela sobressaiu. Ao ponto de William Bernabach a convidar para trabalhar na Doyle Dane Bernabach (DDB), a primeira agência a juntar art & copy, desenho e texto, uma combinação revolucionária na altura, e fonte de inspiração da série de TV 'Mad Men' (referência a estes homens de Madison Avenue).
Em 2009, Phyllis, com 87 anos, abriu o livro das memórias para o documentário 'Art & Copy' , de Doug Pray, relembrando os frenéticos anos 60, quando a revolução aconteceu.
Segundo o 'New York Times', Phyllis Kenner nasceu em Nova Iorque, a 22 de Outubro de 1921, estudou sociologia e artes. Passou por um gabinete de estatística antes de entrar no mundo das agências de publicidade. Na DDB esteve 13 anos e liderou a equipa de copywriters até 1962 quando nasceu a filha. Passou a trabalhar três dias por semana e em 1982 deixou a agência para abrir a sua própria empresa de consultoria.